Fevereiro de 2025 foi um mês atípico para Juiz de Fora, marcado por uma combinação de chuvas abaixo da média, ventos fortes e ondas de calor, exigindo atenção e ação redobrada da Defesa Civil. Juiz de Fora tem experimentado recordes de ventos fortes em 2025, a maior rajada foi registrada neste mês de fevereiro, com velocidade de 99,36 km/h. Com base nos dados históricos das estações do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), esse foi o maior registro de rajada de vento no município, desde 2007. O fenômeno causou múltiplas quedas de árvores e destelhamentos, exigindo uma resposta rápida dos órgãos competentes, e elevando o nível do Plano de Contingência Municipal a sua condição de alerta máximo.

Anteriormente, em 5 de janeiro de 2025, já havia sido registrada uma rajada de vento de 98,64 km/h, igualando o registro de 28 de dezembro de 2016. Com esses eventos, 2025 já detém os dois maiores registros de rajadas de vento na cidade desde 2007, conforme dados da estação meteorológica do Inmet.

"A Defesa Civil de Juiz de Fora aprimorou a rede de monitoramento meteorológico no município através da instalação de cinco novas estações meteorológicas em pontos estratégicos. O objetivo é acompanhar as variáveis climatológicas, como temperatura, pluviometria, rajadas e direção do vento, umidade relativa, nos locais designados", destaca o assessor da Subsecretaria de Proteção e Defesa Civil, Gabriel Felipe Martins.

Ondas de Calor persistentes

O mês também registrou duas ondas de calor. A primeira, entre 4 e 7 de fevereiro, com temperaturas acima de 33°C nas estações de Santa Cândida e Rosário de Minas. A segunda onda de calor, mais intensa e duradoura, ocorreu entre 13 e 21 de fevereiro, com temperaturas que atingiram 37,2°C no Bairro Bandeirantes e 37°C em Santa Cândida, considerada a maior temperatura máxima já registrada na cidade, em uma estação meteorológica oficial (de órgãos públicos municipais ou federais). Essa onda de calor teve duração de nove dias, igualando o segundo período mais longo de ondas de calor já registrado em Juiz de Fora.

Chuvas escassas

O volume de precipitação ficou significativamente abaixo do esperado para o mês, com o pluviômetro da Cidade Universitária (UFJF) registrando apenas 60,69 mm, o que representa 35,64% da média histórica. Essa redução, combinada com medidas preventivas, resultou em uma diminuição nas vistorias de resposta em comparação com o ano anterior e um aumento de 3,61% nas vistorias preventivas, em relação ao ano de 2024. Ao longo do mês foram realizadas 119 vistorias, dessas 69,75% foram de cunho preventivo.

O gerente do Departamento de Gestão de Riscos de Desastres, Wilson Netto, afirma que “devido à chuva abaixo do esperado em fevereiro, a Defesa Civil pôde concentrar suas atividades em inspeções preventivas. Em vez de se concentrar no atendimento de resposta, a equipe conseguiu dar atenção às inspeções preventivas, principalmente nas áreas atingidas nos meses anteriores, como janeiro e dezembro de 2024. Foi feito um levantamento das áreas mais afetadas e estas se tornaram o foco das inspeções preventivas de fevereiro, com o objetivo de antecipar qualquer tipo de medida a ser tomada no período de estiagem.”

Apesar do cenário atípico, ainda estamos no período chuvoso, que encerra no mês de março deste ano, e como afirma o afirma o gerente do Departamento de Gestão de Desastres da Defesa Civil, Joviano Assis “É importante frisar que apesar de termos passado por um mês de fevereiro atípico com chuvas abaixo da normal climatológica. Apesar disso, o período chuvoso 2024 - 2025 está sendo muito intenso. Os volumes de chuva registrados entre os meses de outubro e janeiro estiveram todos acima da média, então o volume acumulado geral é significativo. Devido a isso, pedimos que a população continue se precavendo contra eventuais cenários de desastres, principalmente relacionados a deslizamentos. Evitem neste período a realização de movimentações de terra, cortes de aterros em seus terrenos, lembrando que estas intervenções em hipótese alguma podem ocorrer sem o acompanhamento de um engenheiro, pois isso pode colocar em risco as pessoas do local e terceiros.”

Ainda em fevereiro, a Defesa Civil esteve presente no Fórum Nacional de Proteção e Defesa Civil, quando foi apresentada prática relacionada ao Plano de Contingência Municipal, na sua parcela voltada para cenários de inundações. Além disso, participou da Audiência Pública com o tema: “Desafios e Impactos dos Desastres Naturais em Juiz de Fora”, cenário da realidade municipal foi detalhado pelo Subsecretário de Proteção e Defesa Civil de Juiz de Fora, Luís Fernando Martins.

 

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