O processo de emagrecimento é frequentemente visto apenas como uma questão estética, mas a verdade é que ele está profundamente ligado à saúde. Emagrecer de forma saudável não significa apenas reduzir números na balança, mas sim promover o equilíbrio do organismo. A diminuição do excesso de peso pode ajudar a prevenir e controlar uma série de condições de saúde, como doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2 e problemas de articulação, melhorando a qualidade de vida de maneira geral.

Da mesma maneira, o baixo peso também é um indicativo de alerta, pois o corpo precisa estar adequadamente nutrido para realizar as funções vitais necessárias. Pessoas com peso bem abaixo dos valores de referência, mesmo as que não tem nenhuma doença diagnosticada, também devem ficar atentas e manter os exames em dia, fazendo acompanhamento nutricional, estando atendas sobretudo ao metabolismo lipídico, por exemplo.

Ao contrário do que o senso comum nos leva a pensar, emagrecer nem sempre é uma boa opção. É possível então, falar em gerenciamento do peso corporal.

Uma série de fatores, que vão além da dieta e do exercício físico interferem nesse gerenciamento. Um dos principais é o metabolismo basal, que determina a quantidade de calorias que o corpo usa permanecendo em repouso. Pessoas com um metabolismo mais lento podem encontrar mais dificuldades para perder peso e planos alimentares muito rigorosos e baixo em calorias, podem inclusive ser prejudiciais, desacelerando ainda mais o metabolismo, por exemplo. Além disso, a composição corporal, especialmente a quantidade de massa muscular, também desempenha um papel importante, já que músculos contribuem para o metabolismo, demandando mais energia do corpo, ou seja, são capazes de “acelerar o metabolismo”.

Outro fator crucial é o equilíbrio hormonal. Hormônios como a insulina, cortisol e leptina estão diretamente envolvidos na regulação do apetite, armazenamento de gordura e resposta ao estresse. Desequilíbrios hormonais podem dificultar o emagrecimento e até mesmo provocar ganho de peso, independentemente dos esforços feitos na alimentação e na atividade física. Por isso, é essencial monitorar e, se necessário, tratar esses desequilíbrios com a orientação nutricional.

Finalmente, fatores emocionais e comportamentais também têm um impacto significativo no processo de emagrecimento. O estresse crônico, a falta de sono e até mesmo questões psicológicas, como a ansiedade e a depressão, podem levar ao aumento de peso ou dificultar a perda. Nunca negligencie a qualidade do sono. Dormir não significar ter um sono restaurador e de qualidade: dê atenção aos fatores indicados por seu nutricionista, realize os rituais de higiene do sono, mesmo que você não tenha “dificuldade para dormir”. Um estilo de vida saudável que inclua práticas de relaxamento, uma boa qualidade de sono e um suporte emocional adequado é fundamental para o sucesso no emagrecimento.

Observando as condições de vida a que estamos submetidos, o aumento na prevalência do sobrepeso e obesidade, assim como a qualidade dos alimentos, recursos disponíveis e tempo para se dedicar a isso, o processo de gerenciamento do peso corporal deve ser visto como uma jornada multifacetada, onde a saúde é o principal objetivo.

FATORES QUE INFLUENCIAM O PESO CORPORAL

FOTO: Divulgação - O processo de gerenciamento do peso corporal deve ser visto como uma jornada multifacetada, onde a saúde é o principal objetivo.

 

Freepik - Emagrecimento: verdades que você precisa saber

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Bárbara Ribeiro Fonseca

Maternidade

Nutricionista graduada pela UFJF e pesquisadora na mesma instituição, na área de Microbiologia com foco em Probióticos. Atua como nutricionista clínica, na cidade de Juiz de Fora voltada para tratamento de sobrepeso, obesidade, doenças crônicas, autoimunes, mapeamento metabólico e modulação intestinal. Também é jornalista, graduada pela UFJF.

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