A síndrome metabólica é uma das condições mais prevalentes do século XXI e um dos principais desafios da saúde pública. Apesar de silenciosa, ela carrega consigo um alto risco de complicações graves, como doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2 e até mesmo certas formas de câncer. Reconhecê-la e tratá-la precocemente é essencial para preservar a qualidade de vida.

O que é a Síndrome Metabólica?

A síndrome metabólica não é uma doença única, mas um conjunto de alterações metabólicas que, quando presentes em conjunto, aumentam significativamente o risco de problemas de saúde. Segundo critérios diagnósticos amplamente aceitos, como os da International Diabetes Federation (IDF), o diagnóstico é feito quando o paciente apresenta:
1- Circunferência abdominal aumentada (indicativo de obesidade central).
2- Alterações nos níveis de colesterol ou triglicérides: HDL baixo ou triglicérides elevados.
3- Pressão arterial elevada, mesmo que controlada com medicamentos.
4- Glicemia de jejum elevada ou diagnóstico prévio de diabetes.

A presença de três ou mais desses fatores caracteriza a síndrome metabólica.

Por que a Síndrome Metabólica é tão preocupante?

A principal razão para a preocupação é que essa condição potencializa o risco de eventos cardiovasculares, como infartos e acidentes vasculares cerebrais, que estão entre as principais causas de morte no mundo. Além disso, ela está intimamente ligada ao desenvolvimento de resistência à insulina, inflamação crônica e disfunções hormonais.

Causas e Fatores de Risco

A síndrome metabólica é multifatorial, mas alguns fatores de risco significativamente:

1- Obesidade central: O acúmulo de gordura visceral é um dos principais desencadeadores.
2- Sedentarismo: A falta de atividade física agrava a resistência à insulina.
3- Dieta desequilibrada: Consumo excessivo de alimentos ultraprocessados, ricos em açúcar e gorduras ruins.
4- Predisposição genética: História familiar de diabetes ou doenças cardiovasculares aumenta o risco.

Prevenção e Tratamento

1- Alimentação saudável: Priorize alimentos in natura, como frutas, vegetais, grãos integrais e proteínas magras. Reduza o consumo de açúcares, sal e gorduras saturadas.
2- Prática regular de exercícios: Pelo menos 150 minutos de atividade física moderada por semana.
3- Controle do peso: A redução de 5% a 10% do peso corporal já traz grandes benefícios.
4- Abandono de hábitos nocivos: Evitar o tabagismo e o consumo excessivo de álcool.
5- Acompanhamento médico: O uso de medicamentos pode ser necessário para controlar fatores como pressão arterial, colesterol e glicemia.

Conclusão

A síndrome metabólica é uma condição silenciosa, mas que pode ter impactos devastadores se não tratada adequadamente. Como endocrinologista, ressalto que a prevenção e o diagnóstico precoce são as armas mais poderosas contra esse problema.

Foto/Reprodução:IstoÉ Bem-Estar - Síndrome Metabólica

Entre na comunidade de notícias clicando aqui no Portal Acessa.com e saiba de tudo que acontece na Cidade, Região, Brasil e Mundo!
imagem-colunista

Lillian Cristina Macedo Bara

Dicas para uma Vida Saudável

Formada em Medicina pela UFJF em 2002. Residência em Clínica médica em Campinas, Hospital Albert Sabin, de 2003 a 2005. Residência em Endocrinologia em São Paulo, Hospital Beneficência Portuguesa, de 2005 a 2007. Título de Especialista em Endocrinologia e Metabologia pela SBEM desde 2007. Atuação em endocrinologia e metabologia do adulto. Atendimentos presenciais no Centro Médico Rio Branco . Atendimentos online. CRMMG 47353

Os autores dos artigos assumem inteira responsabilidade pelo conteúdo dos textos de sua autoria. A opinião dos autores não necessariamente expressa a linha editorial e a visão do Portal www.acessa.com

COMENTÁRIOS: