Será que o fim de um relacionamento é sempre uma perda? Ou pode ser um recomeço disfarçado de despedida? Embora os términos sejam dolorosos, eles também podem ser a chave para um novo ciclo, repleto de autoconhecimento e crescimento. A dor inicial nos desafia, mas, com o tempo, ela nos transforma.
Um término nunca é fácil. Ele traz consigo a sensação de perda, o vazio da ausência e, muitas vezes, a culpa ou a dúvida: “Será que eu fiz a escolha certa?” Além disso, a rotina compartilhada deixa de existir, criando um espaço onde a solidão pode parecer esmagadora. Para quem termina, há o peso da decisão; para quem foi deixado, o impacto da rejeição.
No meio do sofrimento, é comum buscar explicações: “Por que acabou?” ou “Poderíamos ter feito algo diferente?” O desejo por respostas, muitas vezes, impede a aceitação, mantendo a dor viva por mais tempo. Mas é importante lembrar: nem todo término precisa de um vilão. Às vezes, ele acontece porque o ciclo natural da relação chegou ao fim.
Na Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), trabalhamos para transformar a dor do término em uma oportunidade de crescimento. Perguntas como “O que aprendi sobre mim nesse relacionamento?” ou “Que padrões não quero repetir?” ajudam a ressignificar a experiência. Ao invés de focar no que foi perdido, o objetivo é identificar o que foi ganho em autoconhecimento e maturidade.
Algumas estratégias da TCC podem ajudar nesse processo de aceitação da dor. A primeira delas é a Identificação de pensamentos automáticos - pergunte-se “como nunca mais vou encontrar alguém assim?” e desafie essas ideias com evidências reais. Pratique o autocuidado, preencha o tempo com atividades que te fazem bem e trazem prazer. Conecte-se com o presente e evite ficar preso ao passado ou criar cenários irreais sobre o futuro. Focar no agora ajuda a reduzir a ansiedade. Ressignifique o término: Encare-o como um passo necessário para algo maior, não como uma falha.
E então, depois que a dor diminui, algo incrível acontece: você percebe que o término te mudou. Você descobre forças que não sabia que tinha, aprende a se conhecer melhor e a valorizar o que realmente importa. Como uma pele que se renova, você sai mais forte e mais consciente de si mesmo.
Términos não são o fim, mas o início de uma nova versão sua. Eles doem, mas também ensinam, transformam e libertam. O segredo está em se permitir sentir, aprender e, acima de tudo, recomeçar. E se você está passando por isso agora, lembre-se: a dor é temporária, mas as lições que ela traz podem ser eternas.
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