A cantora, Adriana Calcanhotto, se apresenta no dia 6 de dezembro, em Juiz de Fora, no Cine-Theatro Central. Além de faixas do mais recente trabalho, como Prova dos 9, Pra lhe dizer e Larga tudo, o repertório também é composto por hits da sua discografia, entre eles os clássicos Vambora e Maresia.

Adriana Calcanhotto abre seu 13º álbum, Errante, desenhando em versos um autorretrato. Seus contornos, porém, são feitos não de traços definidos, inequívocos. Pelo contrário, ele se constrói a partir de uma identidade que se espalha: “Tenho o corpo italiano/ O nascimento no Brasil/ A alma lusitana/ A mátria africana”. Desenraizada, portanto, como afirma no instante seguinte: “E em tudo o que faço sou não mais do que impostora”.

Adriana está à frente da direção do espetáculo, que tem como integrantes da banda os músicos Pedro de Sá (guitarra), Domenico Netto Lancellotti (bateria), Guto Wirtti (baixo acústico), Jorge Continentino (saxofone, flauta e teclados), Diogo Gomes (trompete e flugelhorn) e Marlon Caldeira Sette (trombone). O guitarrista também esteve com Calcanhotto na turnê Gal: Coisas Sagradas Permanecem, em homenagem à cantora baiana Gal Costa, sucesso de crítica que teve seus únicos seis shows com ingressos esgotados nos meses de abril e maio de 2023. Após o período de celebração à Gal, esse novo espetáculo apresenta pela primeira vez em palco as 11 canções inéditas e autorais de Errante.

O que é Errante?

Errante é marcado pela escolha pela alegria, a despeito das canções (poucas) que carregam o peso da tristeza. Até porque o disco responde ao desejo da expansão de Adriana, um reflexo natural ao período de recolhimento vivido entre 2020 e 2021, devido à pandemia. Ao contrário de Só, seu disco de 2020 que sublinhava aquela solidão enquanto ela era vivida, Errante quer, desde seu título, a porta afora.

Sobre a cantora

Adriana Calcanhotto, compositora brasileira, mergulha na tradição da canção nacional, reflexo da diversidade cultural do país. Sua música transita entre diferentes estilos, como bossa nova, MPB e funk, abordando temas que vão desde o prazer até reflexões profundas sobre a vida. Suas letras revelam uma intersecção entre arte contemporânea, eventos sociais e filosofia. Ela é reconhecida tanto por sua popularidade comercial quanto por sua exploração artística e intelectual. Seus trabalhos literários incluem uma autobiografia e uma antologia de haicais brasileiros. Calcanhotto é também uma figura influente na academia, tendo sido nomeada Embaixadora da Universidade de Coimbra e lecionando sobre poesia e composição de canções.

Imagem cedida - Foto de Adriana Calcanhotto

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