Contra segregação
O capacitismo, assim como qualquer outro preconceito, está enraizado na cultura nacional, explica Baron. “Nosso principal objetivo, além de rodar o Brasil todo para falar sobre a temática do anticapacitismo, é fortalecer a educação inclusiva”. Ele defende essa perspectiva, que é contrária à ideia da “educação especial que segrega estudantes com deficiência”.
Para o pedagogo, as políticas públicas devem ser ativas e práticas ao ajudar a informar e conscientizar a população sobre os direitos. “Não adianta nada termos discursos anticapacitistas e ficarmos presos nos muros acadêmicos. Temos que debater, discutir e ouvir opiniões divergentes às nossas, mas sempre fortalecendo nossos ideais”, defende.
Respeito
Em dezembro do ano passado, o Ministério da Saúde lançou uma campanha nas redes sociais para chamar a atenção para o enfrentamento ao capacitismo e criou uma cartilha por uma comunicação mais respeitosa.
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O ativista argumenta que é necessário empoderar estudantes com deficiência. “O capacitismo ainda é um preconceito pouquíssimo debatido. É quase que um palavreado. A gente precisa tornar essa palavra de fácil acesso e entendimento”, explica.
Outro papel da gestão pública, conforme defende, é o de prestar apoio para as famílias. “Entender que os filhos e as filhas delas poderão chegar a qualquer lugar assim como eu consegui”.
Baron, que é filho de uma técnica de enfermagem e de um vendedor, estudou o ensino fundamental e médio em escolas regulares, e foi aprovado no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para um curso de promoção da educação.
Políticas públicas
Outros outros órgãos do governo também divulgaram, nos últimos meses, ações contra o capacitismo. Os ministérios da Saúde e do Esporte, por exemplo, firmaram acordo de cooperação técnica para promover políticas públicas integradas destinadas a pessoas com deficiência.
A ideia era implementar a prática do paradesporto em centros especializados em reabilitação da Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência.
No campo do trabalho e emprego, há o auxílio-inclusão, que é um benefício concedido pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) para pessoas com deficiência que ingressam no mercado de trabalho e recebem até dois salários mínimos.
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