O prefeito de Guapé enfrenta novas acusações do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), que apresentou três novas denúncias envolvendo desvio de dinheiro público, fraudes em licitações e crimes de corrupção ativa e passiva. As denúncias também atingem membros da administração municipal e empresários.

Essas acusações surgem no âmbito da operação "Trem da Alegria", realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), que investiga uma organização criminosa responsável por peculato, corrupção e lavagem de dinheiro. O caso já conta com três fases, iniciadas em fevereiro, e foi responsável pela prisão de diversas autoridades e empresários envolvidos, incluindo o prefeito de Guapé. No início de setembro, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) aceitou denúncias contra os acusados, mantendo-os presos.


Primeira denúncia: fraude em licitação e danos morais coletivos
Segundo a primeira denúncia, entre agosto de 2023 e janeiro de 2024, o prefeito, junto ao procurador-geral do município, o secretário de Obras e um empresário, fraudaram licitações para pavimentação asfáltica e reformas em bens públicos. A denúncia alega que licitações foram revogadas para evitar que outras empresas, fora do esquema criminoso, ganhassem os contratos. Uma empresa vinculada ao grupo venceu o processo, resultando em superfaturamento de mais de R$ 6 milhões.


Segunda denúncia: desvio de recursos públicos e organização criminosa
Na segunda denúncia, o prefeito, a secretária de Desenvolvimento Social, um assessor municipal e um comerciante desviaram recursos destinados à alimentação escolar, favorecendo o comerciante em detrimento de outros fornecedores. Segundo a investigação, o grupo autorizou pagamentos por refeições que nunca foram entregues, em fraudes que ultrapassam R$ 15 mil.


Terceira denúncia: corrupção ativa e passiva
A terceira acusação envolve o pedido de propina de R$ 40 mil feito pelo prefeito e pelo secretário de Obras a um empresário para garantir contratos com a empresa Instituto de Tecnologia e Desenvolvimento Integrado (Ited Brasil). Apesar de a empresa vencer o processo licitatório, o contrato foi rescindido após o início das investigações.

MPMG - Ministério Público de Minas Gerais

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