O Ministério Público de Minas Gerais realizou na manhã desta terça-feira (26) a “Operação Mãos Invisíveis”, que investiga a possível existência de uma associação criminosa composta por ex-presidentes da Câmara Municipal de Muriaé, um ex-diretor financeiro da casa legislativa, funcionários públicos e empresários, destinada ao cometimento de crimes de lavagem de dinheiro e fraudes à licitação. A operação é de responsabilidade do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) da Zona da Mata, unidade de Visconde do Rio Branco, e da Promotoria do Patrimônio Público de Muriaé. As Polícias Civil e Militar apoiam o cumprimento de 14 mandados de busca e apreensão nos municípios de Muriaé, Vieiras e Juiz de Fora.
Segundo as investigações do Ministério Público, os empresários e agentes públicos, em acordo com dois vereadores da cidade de Muriaé e um diretor financeiro da Câmara, constituíram um “consórcio de empresas fraudulentas” para viabilizar a prática de crimes contra a administração pública, por meio de contratação com o poder público.
De acordo com o MPMG, para a contratação com o poder público, empresas do ramo da construção civil foram criadas em nome de “laranjas” para frustrarem a concorrência de vários procedimentos licitatórios, nos municípios da região de Muriaé. Após as contratações, os valores obtidos circulavam em nomes de “laranjas”, num cenário de lavagem de dinheiro.
A “Operação Mãos Invisíveis” está relacionada as “Operações Catarse 1 e Metástase 2” realizadas pelo Gaeco nos anos de 2021, 2022, 2023 e 2024, que demonstraram a existência de um esquema de desvio de verbas públicas, envolvendo fraudes a licitações, delitos diversos contra o patrimônio público e lavagem de dinheiro, perpetrados por agentes públicos e empresários por meio de empresas de fachada e “laranjas” com o fim específico de enriquecerem ilicitamente às custas dos cofres públicos.
Entre na comunidade de notícias clicando aqui no Portal Acessa.com e saiba de tudo que acontece na Cidade, Região, Brasil e Mundo!