A Polícia Civil de Minas Gerais, por meio da Delegacia de Narcóticos e Homicídios de Ubá, deflagrou a "Operação Deméter", que resultou na prisão de três indivíduos e na desarticulação de um esquema de tráfico de drogas altamente estruturado, com a apreensão de granadas, drogas e outros materiais ilícitos. A operação teve início na quarta-feira (18) de dezembro de 2024, após intensas investigações que duraram dois meses. A equipe policial desmantelou um "bunker" no bairro Agostinho Amato, um local fortemente reforçado com chapas de aço e monitorado por mais de 15 câmeras de segurança.

Segundo a PC, durante a ação, foi presa em flagrante uma mulher de 28 anos, apontada como a líder do tráfico no local, e seu companheiro, que está foragido. Um outro homem, de 29 anos, também foi preso por envolvimento na comercialização de drogas no imóvel.

O local, um verdadeiro complexo de vendas, funcionava com extrema organização: os usuários se aproximavam do portão e acionavam o interfone, que se conectava diretamente ao quarto da suspeita. Ela, que monitorava as câmeras em um telão, liberava o acesso aos usuários, enquanto se comunicava com outro suspeito, autorizando a venda de entorpecentes. Durante a abordagem policial, parte das drogas foi descartada, mas uma quantidade significativa foi apreendida. Os três indivíduos foram presos em flagrante e tiveram suas prisões convertidas em preventivas pelo Poder Judiciário.

No dia seguinte, 19 de dezembro, a Polícia Civil desmantelou outro ponto de tráfico de drogas no mesmo bairro, também com um "bunker" reforçado. Durante o cumprimento de mandado de busca, um suspeito de 19 anos tentou fugir pelo terraço do imóvel, pulando para a casa vizinha. No caminho, ele deixou cair 187 tabletes de maconha e uma granada. Durante a fuga, o jovem invadiu outra residência, onde havia quatro crianças, tentando se esconder atrás de um colchão. Ele foi preso em flagrante e, com ele, a polícia encontrou uma grande quantidade de drogas, incluindo cerca de 200 pinos de cocaína, porções de crack, haxixe, ecstasy, balanças de precisão, munição, carregador de arma de fogo e até uma estufa para o cultivo de maconha.

Diante da apreensão do explosivo, houve o deslocamento da equipe antibombas da Polícia Civil em Belo Horizonte para a realização da detonação do artefato.

O delegado responsável pela operação, Douglas Mota, destacou a importância da ação, que abala a estrutura do tráfico de drogas na região, onde o crime persiste há cerca de dez anos. "A atuação cirúrgica da Polícia Civil de Minas Gerais é uma resposta contundente à criminalidade local. Estamos comprometidos em continuar combatendo o narcotráfico na região, desmantelando os 'bunkers' que proliferam e trabalhando incansavelmente para tirar criminosos de circulação", afirmou o delegado.

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PCMG - Apreensão

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