O Ministério Público do Estado de Minas Gerais (MPMG) cumpriu nessa segunda-feira (27), mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão contra réu apontado como líder de uma associação criminosa dedicada ao tráfico de drogas e à prática de outros crimes em Varginha. A captura do criminoso, que estava foragido desde agosto de 2022, teve a participação da Polícia Militar de Minas Gerais.
De acordo com o MPMG, “após incessantes diligências e trabalho de inteligência, o acusado foi localizado e preso na cidade de São Lourenço, oportunidade em que foi cumprido novo mandado de busca expedido pelo juízo, constatando-se, inclusive, a posse de documento de identificação falso, o que lhe permitia a ocultação”.
Relembre o caso
A 2ª Fase da Operação Áquila foi deflagrada no ano de 2022 e se destinou a desmantelar associação criminosa atuante em Varginha e região, com ligações com o Primeiro Comando da Capital (PCC), dedicada ao tráfico de drogas e à associação para o tráfico, com envolvimento também na prática de outros crimes graves na busca da supremacia dentro da atividade ilícita.
Durante as investigações, foram colhidos elementos que apontam que o tráfico era comandado do interior de estabelecimentos prisionais e com uso de violência, grave ameaça e emprego de armas de fogo.
Em um episódio, como forma de intimidar um desafeto, um dos denunciados efetuou disparos de arma de fogo na frente de sua residência, atingindo, inclusive, um cão que estava no imóvel.
Segundo as apurações, um advogado, já denunciado e condenado em primeiro grau na Operação Penitência como participante de esquema de corrupção no sistema prisional, passou a intermediar ordens ligadas à atividade ilícita para a perpetuação da traficância, depois que dois clientes dele foram presos.
Na ocasião, foi oferecida denúncia contra oito pessoas pela prática de 13 crimes ligados ao tráfico de drogas, associação para o tráfico, porte de arma de fogo, disparo de arma de fogo e maus tratos a animais. Dezesseis mandados judiciais foram cumpridos.
Até o momento, três pessoas já foram condenadas a penas que, somadas, ultrapassam 20 anos de reclusão. Três réus aguardam julgamento, inclusive o advogado.
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PCC | tráfico de drogas
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