As "canetas emagrecedoras" – medicamentos injetáveis como semaglutida e tirzepatida – tornaram-se o centro das atenções no combate ao excesso de peso. Porém, enquanto muitos buscam esses tratamentos como solução mágica, vale o alerta: sem acompanhamento nutricional adequado, os resultados são apenas temporários.
A nova regulamentação atual exige receita médica com retenção para esses medicamentos, mas ainda vemos casos alarmantes de uso sem supervisão apropriada. Por trás do controle de apetite proporcionado por essas substâncias, existe uma jornada complexa que vai muito além da aplicação semanal.
Esses medicamentos são ferramentas auxiliares – e não substitutas – de uma transformação alimentar estruturada. Durante o tratamento, o acompanhamento nutricional personalizado é fundamental para garantir que o paciente não desenvolva deficiências nutricionais, já que a diminuição do apetite pode levar à redução drástica da ingestão de nutrientes essenciais e perda de massa muscular acentuada. Muitos pacientes começam a usar as canetas emagrecedoras pensando apenas na perda de peso, sem entender que a qualidade da alimentação torna-se ainda mais importante nesse período, evitando o efeito rebote, que não é apenas físico, mas também psicológico, gerando frustração e, em alguns casos, comportamentos alimentares ainda mais desordenados.
A readaptação deve ser gradual, estabelecendo os hábitos alimentares necessários para que o paciente mantenha os benefícios conquistados, mesmo sem o auxílio farmacológico. Isso inclui a reeducação do paladar, que frequentemente muda durante o uso das canetas, e o desenvolvimento de uma relação mais consciente com a comida.
Vale lembrar que, embora promissores, esses medicamentos não são isentos de efeitos colaterais. Náuseas, constipação e refluxo são alguns dos sintomas que podem ser minimizados com intervenções nutricionais específicas, oferecendo maior conforto e adesão ao tratamento.
A obesidade é uma doença crônica e multifatorial que exige abordagem igualmente complexa. As canetas emagrecedoras representam um importante avanço, mas seu verdadeiro potencial só é alcançado quando integradas a um plano terapêutico completo, que inclui nutrição adequada, atividade física e também suporte psicológico.
Portanto, se você considera iniciar esse tratamento, lembre-se: a receita médica é apenas o primeiro passo. O acompanhamento nutricional antes, durante e após o uso dessas medicações não é luxo – é necessidade para resultados duradouros e verdadeiramente transformadores para sua saúde.
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